sexta-feira, 16 de março de 2012
Nos idos anos 70 mais concretamente - 1972, conheci o Dourdil na Brasileira do Chiado em Lisboa.Desde então nunca mais nos perdemos de vista!
Partilhamos histórias incríveis e memoráveis e o nosso humor, levava-nos a soltar saudáveis gargalhadas!Alguns desses momentos são aqui mostrados em jeito de homenagem e mostro só alguns dos seus quadros, da sua vastíssima e grandiosa OBRA!
Para avaliarem melhor o trabalho deste grande Artista por favor, visitem o site da responsabilidade de Maria Antonieta Figueiredo. http://WWW.facebook.com/luisdourdil
Em 1973 foi-me atribuído um Ateliê nos Coruchéus! O Dourdil já lá estava...as nossas visitas tornaram-se assíduas, gratificantes e muito importantes no nosso quotodiano! Aprendemos imenso um com o outro, eu mais...!Na altura havia muita convivência com a Dorita, Laranjeira Santos, Isabel Laginhas, Sérgio Pombo, Luís Filipe de Abreu, Manuel Lima, Victor Belém, Ana Isabel, Eurico, João Vieira entre outros... e a Dulce de Agro e sua galeria Quadrum! Infelizmente alguns já morreram...Foi uma grande época!!!
UMA DAS GRANDES OBRAS...
QUADRO PINTADO A QUATRO MÃOS
Numa tarde soalheira, vou ateliê do Dourdil e...fui mesmo a tempo de o meu amigo não destruir o quadro que faltava pouco para acabar!
Oh Dourdil não faça isso! - Acha? Não se aproveita nada!
Olhe a mim até me apetecia pintá-lo, está mesmo «apetitoso»!
Deixei o seu ateliê com ele cheio de dúvidas...eis senão quando, vem com o quadro e diz: - Gracinda acabe o quadro!
Posso? Claro! E foi-se embora...
Fiquei com a responsabilidade de não apagar as suas primeiras manchas e fiz quase uma urdidura...
Chamei-o para mostrar o resultado, GOSTOU TANTO, que lhe ofereci!
Quando fui a sua casa, lá estava o quadro em grande destaque na sala, e eu fiquei toda vaidosa... e dizíamos O NOSSO QUADRO PINTADO A QUATRO MÃOS!
Assim era a nossa amizade e cumplicidade!
quinta-feira, 15 de março de 2012
ASSINATURA
O MEU MELHOR NATAL!
Nos idos anos 80, por várias razões, não passei o Natal com a minha família durante quatro anos, ia sempre para fora e numa ida a Paris, baralhei-me com as datas e perdi o avião!Estava sem lençois porque tinha posto tudo na lavandaria, lembrei-me logo do Dourdil e fui-lhe bater à porta de casa, - Então vai passar o Natal sozinha? Sim! -disse-lhe. Era o que faltava! Venha cá para casa!Daí em diante, passava sempre a véspera do Natal em casa da família Dourdil, mesmo já com os meus pais dizia sempre: primeiro vou ao Dourdil!
Nunca mais me esqueço das noites calorosas com a Olinda o Dourdil, o Luís Fernando e o Adriano Gusmão que também passava por lá.Até hoje nunca mais comi um perú igual ao que a Olinda fazia!
COMPOSIÇÃO COM DOR DE DENTES
A meio da tarde, o Dourdil ao entrar no meu atelier ( depois de se anunciar, batendo com as chaves do seu ateliê no corrimão do corredor), fica extasiado com o que vê: normalmente estou de porta aberta e desta vez nem me levantei - estava reclinada no sofá com um cobertor a cor de laranja a tapar-me as pernas e este meu quadro na parede. Oh! Dourdil estou com uma terrível dor de dentes! Mas olhe está envolvida numa incrível visão inspiradora! E começa a desenhar no espaço com os olhos semicerrados... Não se mexa! estou a ter uma visão deslumbrante! Depois deste «torpor» vai à farmácia, preocupado, buscar-me os remédios...Era assim a nossa cumplicidade!
METRO
Outra série inspiradora, para o Dourdil, foi o Metro. Viajava todos os dias de metro e andava imenso a pé, um dia disse-me: - hoje vi uma imagem incrível no metro! Pessoas sentadas e a sua projecção no vidro da janela!Eu assisti também à realização desta maravilhosa série!
Ele tinha pavor de andar de carro! Contou-me que tinha sido atropelado,ainda bebé, dentro do seu carrinho de bebé!...
VI O DOURDIL A COMEÇAR ESTA SÉRIE...
O AFRESCO
A DISSONANTE
Numa tarde e como de costume,fui visitar o meu amigo no seu ateliê, encontro-o cheio de dúvidas em relação ao quadro que estava a pintar...Talvez precise de uma pequena cor vibrante, mais forte, digo eu. Oh! Gracinda, acabou de me salvar o quadro!
Pois claro, uma DISSONANTE!
Daí em diante por tudo e por nada ou de vez em quando dizíamos na Brasileira - pois falta-lhe a «Dissonante»! Como ninguém percebia, ríamos imenso!
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